sexta-feira, 14 de março de 2008

TINHA QUE CAIR UM TEMPORAL...

Em noite de caos no Rio de Janeiro, a banda americana Interpol fez seu primeiro show na cidade. Os novaiorquinos já estão em seu terceiro disco, mas o público, embora tenha deixado claro o quanto queria ver a banda, não disfarçou sua predileção pelas músicas dos dois primeiros álbuns.

Esse show demorou a aportar por aqui. Acabou rolando uma defasagem entre o momento da banda, promovendo o disco recém-lançado, “Our love to admire”, e a emoção do público, voltada para canções mais antigas. Bem, quem não passou o ano de 2002 ouvindo “Turn on the bright lights”, pego pela atmosfera perfeita daquelas músicas? E quem em 2004 não se rendeu de vez a “Antics”? Resultado: uma platéia doida pra cantar “Rosemary...”. E a Fundição Progresso, cheiaça, o fez com paixão, apesar do vocalista impassível o tempo todo.

A banda não decepcionou e mandou várias músicas destes dois grandes discos, como "Obstacle 1", “NYC”, “Evil”, “PDA”, “Not even jail” e “Stella was a driver and she was always down”. Feliz, o público esperou na boa os 20 minutos de interrupção por problemas no som, enquanto um morcego (isso mesmo, um morcego) dava umas voltinhas pela área. Para surpresa geral, a banda mandou no bis uma só canção, e logo uma tão bonita, “Untitled”. A letra veio bem a calhar: “Surprise, sometimes, will come around”. Na platéia, totalmente lés fiendly, meninas aproveitavam.

A surpresa non grata ficou por conta das ruas alagadas, que fizeram uma boa galera se atrasar pro show e na saída morgar no trânsito parado. Nesta cidade não pode chover mais de 20 minutos, senão só o barquinho vai...

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