sábado, 24 de maio de 2008


Control: a história de Ian Curtis (Control)

Inglaterra (2007) - 119 min.

Direção: Anton Corbjin
Roteiro: Matt Greenhalgh
Elenco: Sam Riley, Samantha Morton, Craig Parkinson, Alexandra Maria Lara, Joe Anderson, James Anthony Pearson

Demorou, mas chegou por aqui “Control: a história de Ian Curtis”, sobre o vocalista da amadíssima banda Joy Division. O filme acompanha a formação da banda e os caminhos tortuosos de Ian, que sofreu um bocado com uma epilepsia para a qual não encontrou tratamento adequado. Confuso, deprimido e mantendo uma difícil relação com sua própria arte e também com a esposa, cometeu suicídio em 1980.


O filme ganhou uma penca de prêmios, incluindo competições de peso como Cannes, mas desagradou um pouco aos fãs da banda, por um certo desequilíbrio do roteiro, que se concentra um pouco mais na conturbada relação de Ian com a esposa do que em sua trajetória como artista. O próprio diretor, Anton Corbijn, disse que via o filme não exatamente como um filme de rock, mas como uma história de amor com músicas boas.

A parte das músicas funciona às mil maravilhas; já a outra deixa muito a desejar. É chatíssimo o desenrolar da relação de Ian e Deborah, com o agravante de que Samantha Morton está apagadona em seu papel. Como Sam Riley está incrível como Ian, ficam muito esquisitas as cenas dos dois.


Mas o filme é bonito, com o P&B ajudando a compor a atmosfera sombria que marcou a trajetória da banda. E a execução de “Transmission” é memorável. Aliás, os momentos em que os atores estão no palco, tocando e cantando na vera, faz esquecer tudo o mais que não funciona no filme.


Recomendável para quem sente saudades de uma música tão boa.

domingo, 18 de maio de 2008

LÁ NA FUNDIÇÃO – Show do Lenine

Era noite de show imperdível na Fundição Progresso. Parti para a Lapa, o tal “coração do Rio” e me meti em uma casa cheia de gente até os últimos degraus da arquibancada. Como show jamais começa na hora, tome músicas para entreter a galera. O desejo da platéia estava incontido e foi só rolar “Vou festejar” pra todo mundo entoar um tremendo coro: “você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão...”, como se a própria Beth Carvalho estivesse ali cantando. Devia tratar-se de algum recado...

O show demorou, mas foi impecável, caloroso e redondinho de afinação entre músicos e platéia, que cantou junto tudo a que tinha direito. Depois, uma volta pelos arredores, ainda com a música pelo corpo, jogando pensamentos fora até raiar uma hora segura de voltar pra casa. Foi bom ver o Rio feliz, pelo menos em seu coração.

E que sol de outono apareceu quando raiou o dia...


sábado, 17 de maio de 2008

NOTÍCIAS CAPCIOSAS

Vai rolar um romance entre meninas na comédia inglesa Snappers. Uma delas é a cantora Joss Stone (em junho no Brasil), que disse ao jornal The Sun que vai trocar com outra mulher um "longo e demorado beijo de língua".

Peraí... um só??

A personagem de Joss Stone não é a principal na história e a notícia está com a maior cara de jogadinha de marketing para despertar a curiosidade sobre o filme, que só vai ser lançado em 2009. Ninguém tinha dado a mínima para a produção, até a cantora, “sem querer querendo”, contar este detalhe à imprensa. Agora todo mundo especula sobre quem será a dona da outra boca no tal beijo...

domingo, 11 de maio de 2008

APENAS UMA VEZ (Once)

Irlanda – 2007 - 88 min.

Direção e roteiro: John Carney

Com Glen Hansard e Markéta Irglová


Muito bonito o filme irlandês “Apenas uma vez”. Poderia ser uma história banalíssima, se não fossem os personagens incomuns: um músico de rua e uma imigrante tcheca que se conhecem nas ruas de Dublin e ficam amigos.


Embora a música seja tão crucial para o cinema, os roteiros não costumam ser generosos com personagens músicos. Geralmente as histórias abordam músicos famosos, mas pessoas comuns são bem menos freqüentes. E, neste caso, a música não é um elemento secundário, mas um elo mágico entre os personagens. Aliás, é como se a música fosse um personagem à parte, percebemos que ela própria tem um “desenvolvimento”, conforme acompanhamos o processo de criação do personagem central, que faz um tipo de canção folk parecida com a de Damien Rice.


Os atores Glen Hansard e Marketa Irglova são músicos de fato. Glen atuou em outro filme bacana, que também se passa no universo musical, The commitments, e compôs as canções de Once, algumas em parceria com Marketa (os dois chegaram a montar uma banda após as filmagens, chamada The Swell Season).


São muito bonitas as cenas em que ele, tocando violão, e ela piano, compartilham sua sensibilidade artística. Vale como uma história de amor contada de outro jeito, lembrando até “Encontros e desencontros” e “Antes do amanhecer”, filmes que conseguem transportar para a tela uma certa aura que só os relacionamentos curtos e cheios de sintonia possuem. Bacana mesmo.

FONTE: http://www.foxsearchlight.com/once/



quinta-feira, 1 de maio de 2008

DEU NO GLOBO

O caderno Ela do jornal O Globo deste sábado (26/04/08), dedicou um espaço e tanto para falar de uma nova tendência de comportamento entre mulheres: escolher os parceiros por outros quesitos que não o sexo. Daí as meninas ficam lésbicas durante um tempo e hetero durante outro, até acharem a “pessoa” certa.

Parece que algumas “pessoas”, inclusive jornalistas, nunca ouviam falar em bissexualidade. É engraçado que mulher ficando com mulher ainda seja um fato surpreendente e mereça uma matéria de 3 páginas em um grande jornal, com um monte de gente se esmerando tanto para explicar “o fenômeno”.

Para dar credibilidade à grande descoberta, muitas meninas foram entrevistadas confirmando a tese. Depois de todo mundo discursar a favor do comportamento livre de rótulos, a matéria apresentou uma listinha de termos que tentam organizar um pouco as coisas e, no final das contas, rotular tudo de novo com novos termos (tem fancha, fanchinha, sapatilha e por aí vai...). E não faltou menção a cantoras da MPB.

Espero que alguém mereça isso...