DIAS DE FESTIVAL DO RIO
CHUVA, de Paula Hérnandez
No Estação Vivo Gávea
Chuva foi bem forte pra mim. Alma, a protagonista, era tão parecida fisicamente com minha primeira namorada... E, nesta fase em estou, vendo alguém de quem tanto gosto partir, que filme de amor não me acertaria em cheio?
Compartilhei da estranheza e do interesse da situação de Alma e Roberto, dois desconhecidos que se cruzam em uma noite chuvosa de Buenos Aires. No escurinho da sala, me deixei embalar pelo prazer das descobertas e por outros momentos mágicos e fugidios daqueles dois personagens que conseguiram até brigar no curto período em que estiveram juntos.
Alma e Roberto, além de comprometidos, estavam em momentos extremamente difíceis de suas vidas emocionais. Os dois, porém, conseguiram compartilhar de modo intenso estas singularidades de suas vidas. De modo intenso e breve, tal e qual uma torrente de chuva.
No final, não pude deixar de perceber que o filme cita (ou, quem sabe, chupa descaradamente) Antes do Amanhecer, na cena em que a câmera passeia nostálgica pelos lugares vazios onde os personagens estiveram juntos. Cena que, chupada ou não, é de sacudir o coração.
O MARAVILHOSO MUNDO DA LAVANDERIA, de Hans Christian Schmidt
No Estação Vivo Gávea
Este filme me fez lembrar imediatamente do poema do Brecht, Perguntas de um operário letrado (“Na noite em que se terminou a muralha da China, para onde foram os operários da construção?). Como se fizesse pergunta semelhante, o filme vai atrás das vidas ordinárias de mulheres pobres polonesas que lavam as roupas de cama e mesa de hotéis luxuosos de Berlim.
Os relatos destas trabalhadoras, que parecem ter perdido a expectativa de uma vida melhor, contrastam de modo chocante com o discurso dos donos da lavanderia, que exibem a racionalidade crua da busca da eficiência nos negócios (“Nenhuma mulher na Alemanha aceitaria trabalhar nestas condições por este salário, então vamos até onde os custos da mão-de-obra são mais competitivos”). Tão clean assim, nem mesmo os lençóis lavados pelas moças...
CHUVA, de Paula Hérnandez
No Estação Vivo Gávea
Chuva foi bem forte pra mim. Alma, a protagonista, era tão parecida fisicamente com minha primeira namorada... E, nesta fase em estou, vendo alguém de quem tanto gosto partir, que filme de amor não me acertaria em cheio?
Compartilhei da estranheza e do interesse da situação de Alma e Roberto, dois desconhecidos que se cruzam em uma noite chuvosa de Buenos Aires. No escurinho da sala, me deixei embalar pelo prazer das descobertas e por outros momentos mágicos e fugidios daqueles dois personagens que conseguiram até brigar no curto período em que estiveram juntos.
Alma e Roberto, além de comprometidos, estavam em momentos extremamente difíceis de suas vidas emocionais. Os dois, porém, conseguiram compartilhar de modo intenso estas singularidades de suas vidas. De modo intenso e breve, tal e qual uma torrente de chuva.
No final, não pude deixar de perceber que o filme cita (ou, quem sabe, chupa descaradamente) Antes do Amanhecer, na cena em que a câmera passeia nostálgica pelos lugares vazios onde os personagens estiveram juntos. Cena que, chupada ou não, é de sacudir o coração.
O MARAVILHOSO MUNDO DA LAVANDERIA, de Hans Christian Schmidt
No Estação Vivo Gávea
Este filme me fez lembrar imediatamente do poema do Brecht, Perguntas de um operário letrado (“Na noite em que se terminou a muralha da China, para onde foram os operários da construção?). Como se fizesse pergunta semelhante, o filme vai atrás das vidas ordinárias de mulheres pobres polonesas que lavam as roupas de cama e mesa de hotéis luxuosos de Berlim.
Os relatos destas trabalhadoras, que parecem ter perdido a expectativa de uma vida melhor, contrastam de modo chocante com o discurso dos donos da lavanderia, que exibem a racionalidade crua da busca da eficiência nos negócios (“Nenhuma mulher na Alemanha aceitaria trabalhar nestas condições por este salário, então vamos até onde os custos da mão-de-obra são mais competitivos”). Tão clean assim, nem mesmo os lençóis lavados pelas moças...
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