STRAWBERRY PANIC!, A ESCOLA DE LESBOS
A história de Strawberry Panic! se passa no monte Astrea, onde existem três escolas exclusiva para meninas (Miator, Sppica e Lili) e vários espaços comuns de interação, como os “dormitórios morango”.
Entre as atividades escolares e o aprendizado de rituais sociais, as meninas experimentam o despertar afetivo e sexual. Além das paixonites agudas, canalizam as atenções as disputas políticas pelas posições mais prestigiadas das escolas. No cerne da trama está a estrutura das eleições para representante das três escolas, cargo mais cobiçado e que é desempenhado sempre por um casal. Na formação dos pares candidatos, os critérios políticos se chocam com os afetivos, deixando muita gente de coração partido...
A tônica da relações é bem mais romântica do que sexual, embora todos os casais tenham seus momentos mais ou menos explícitos. Afinal, são muitos quartos partilhados a duas e campos isolados ao redor das escolas para as meninas aproveitarem a vida. Os adultos quase não entram em cena e personagens masculinos, nem sombra deles...
As coisas, entretanto, se desenrolam em um tempo oriental, bem devagar, quase parando. Nos primeiros episódios predominam os subtextos, as personagens ficam se perguntando o que estão sentindo e só lá pelo episódio 12 (são 26 ao todo) é que as relações vão se caracterizar mais claramente, ficando mais explicitados os interesses amorosos e políticos das personagens.
Há casais de todas as praias na série, uns fazendo o estilo “príncipe encantado e princesa gentil”, como Amane e Hikaro, outros compostos por garotas glamourosas (Shizuma e Nagisa), além do casal pérfido formado por Kenjou e Momoni. Correndo por fora, há o drama das garotas que sofrem com amores não correspondidos.
No começo, achei curiosíssimo aquele ambiente onde todas são socializadas na aceitação (e na prática) da homossexualidade. O amor por outra mulher é o caminho “natural” ali, invertendo totalmente a lógica que obriga à heterossexualidade. A personagem central, Nagisa, testou minha paciência com seus fricotes, mas depois acabei me envolvendo nos dramas pessoais e nos segredos tristes, de partir os corações sensíveis, que vão se revelando nos episódios. Bem, se eu assisti a todos os 26 e ainda achei o final KAWAI, nem posso disfarçar dizendo que foi “a trabalho”...
Bem levinho, para se distrair à tarde, cheio de cenas fofas à luz do luar. Trama como nas novelas, mas sem censura a beijos lésbicos.
"Strawberry Panic!" (Sakura no oka, 2006)
DIREÇÃO: Masayuki Sakoi
Sakurako Kimino (novel)
Tatsuhiko Urahata (script)
26 episódios
Vale dar uma olhadinha em:
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